"Relatos do fim de setembro
Já se fazia escuro ao sul.
Os fragmentos do dia,
aos poucos,
misturavam-se à ampulheta do tempo.
A noite chega com a classe de uma nobre dama.
Faz companhia a um velho homem em seus dias a ermo.
A lua, sua antiga cúmplice de solidão,
oculta-se por entre as vergonhas do céu.
O velho desfaz em mais um momento de nostalgia.
A facilidade do sorriso de outrora,
a alegria verdadeira na face dos comparsas,
todos os momentos de espontânea felicidade...
Os recentes dias se mostram uma sombra dolorosa.
Olhares sem cores, faces sem risos.
Apenas mascarados escondendo-se sob um manto de medo,
sob o frio de um resplendor covarde.
Do destino apenas podemos esperar,
que a promessa de dias melhores se cumpra.
Quero apenas conseguir ver mais uma vez aquele brilho bonito,
aquele encanto único que se cobriu em flores de medo.
Ao passado me curvar, ó concha de memórias.
Do presente escapar, ó prisão momentânea.
E o futuro alcançar, ó brilho reluzente."
Fernando Aquinea
6 Comentarios:
Caro amigo,
Setembros costumam ser perigosos, mes que antecede as bruxas sempre relatam passagens ambiguas e confusas, mas aos poucos aprendo a lidar com elas, ou não.
Otimas festas para ti tbm caro amigo.
Abração!
Setembro mês da Independência. O acaso acontecias e suas ambiguidades, cada um tem lá o seu mes preferido. 'Aprendiz das letras' continue assim, vc tem um belo futuro.
Abraço,
Pior que setembro é novembro!!
novembro é mes de belzebu ¬¬
tudo q tem de ruim pra acontecer acontece em novembro!!
;)
♥
Não importa, sempre amanhece e o tempo não pára. Não pára em um mes, em um ano, em qualquer lugar.Acho que isso é esperança. Como vc mesmo termina esse lindo poema: "futuro alcançar" !
Quando amanhece, ganhamos uma chance. Setembro ? Tanto faz!
Vai passar....rs
Beijo pra vc !
O tempo há de brilhar reluzente.
A noite vai chegar com classe
de uma dama e com uma dama, tavez!
Muito lindo poema!
Pronto! Você é o convidado da postagem no meu blog "Fotografia."
Espero que goste. Abraço
Não sei exatamente o que esperar do destino... Acho que não espero.
Quando as flores de medo... Elas encobriram o amor?
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