"Aprendiz de poeta
Atrevi-me uma vez a poetar.
Sobre os carros, sobre a rua, sobre as pessoas.
Poetei os montes, os dias, as noites.
E segui na toada de escritor.
Moço bonito, usava palavras como ninguém.
Era um mestre na arte de falar sobre o que não conhecia.
Vivia a enganar os outros e, por muitas vezes, a si mesmo.
Professor do desconhecido.
Atrevi-me uma vez a viver.
Vivi os dias, as noites, os crepúsculos e os poentes.
Apanhei, sofri e chorei.
Sorri, fui feliz e amei.
De professor do desconhecido passei à aluno errante.
A vida me ensinou que não se deve poetar."
Fernando Aquinea
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No céu também há uma hora melancólica.
Hora difícil, em que a dúvida penetra as almas.
Porque fiz o mundo? Deus se pergunta
e se responde: Não sei.
(Carlos Drummond de Andrade)
3 Comentarios:
Passei no blog de Tossan e vi seu comentário lá. Como uma assumida curiosa aqui estou.
Que vida cruel que lhe ensinou a poetar, você que pelo que li poeta tão bem.
Continue a poetar, e ensine a essa vida, que ela deve ser vivida com poesia.
abraços
Que deslumbre na alma causa isso aqui. Sua escrita é uma beleza e pretendo pousar por aqui mais vezes!
Obrigada pela visita!
Beijos
Tá vendo todos tem a mesma opinião minha vc sabe o que nós não sabemos, escrever de verdade, a verdade da poesia.
Meu amigo, não fique assustado com a minha postagem, aquilo é um alerta aos males dos vícios, não fumo e só bebo um vinho de vez em quando em um jantar especial. Obrigado pela preocupação, foi apenas para ilustrar as fotos e tentar passar um alerta. Abraço
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