"Ilusões Coloridas
A lua já não brilha mais...
As flores se findam no campo vazio
O vento passa indiferente
As estrelas já não fazem mais desenhos no céu
E cada vez mais, os dias passam sem deixar saudade.
Mas o tempo não cessa a dor
As feridas são fechadas à força
E somos jogados a seguir na estrada dos vivos
Nossas escolhas refletem-se imediatamente
Não há como fugir do mar
Já e chegado o tempo dos justos
A derrota para o passado encoraja a mudança de sentido
O erro continuo, finalmente corrigido.
Momento de enterrar o ilusionista
Debuto do realista
Realidade cruel, fria e vazia.
Talvez se você estivesse comigo...
NÃO!
Esse e o ultimo delírio do ilusionista
A partir de agora e bom saber a verdade por trás da janela
Aqui jaz a esperança cega
E não mais há de haver falsos sorrisos
Pessoas fingindo alegria
A realidade parece tão ruim...
Talvez por isso a escolha pelo ilusionista
Ele sempre tinha meios para escapar momentaneamente
Mas no fim, não há como escapar.
Fugir e a opção dos fracos
Então fraco, já não mais ei de ser..."
Fernando Aquinea
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No céu também há uma hora melancólica.
Hora difícil, em que a dúvida penetra as almas.
Porque fiz o mundo? Deus se pergunta
e se responde: Não sei.
(Carlos Drummond de Andrade)
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