"Ilusões Coloridas
A lua já não brilha mais...
As flores se findam no campo vazio
O vento passa indiferente
As estrelas já não fazem mais desenhos no céu
E cada vez mais, os dias passam sem deixar saudade.
Mas o tempo não cessa a dor
As feridas são fechadas à força
E somos jogados a seguir na estrada dos vivos
Nossas escolhas refletem-se imediatamente
Não há como fugir do mar
Já e chegado o tempo dos justos
A derrota para o passado encoraja a mudança de sentido
O erro continuo, finalmente corrigido.
Momento de enterrar o ilusionista
Debuto do realista
Realidade cruel, fria e vazia.
Talvez se você estivesse comigo...
NÃO!
Esse e o ultimo delírio do ilusionista
A partir de agora e bom saber a verdade por trás da janela
Aqui jaz a esperança cega
E não mais há de haver falsos sorrisos
Pessoas fingindo alegria
A realidade parece tão ruim...
Talvez por isso a escolha pelo ilusionista
Ele sempre tinha meios para escapar momentaneamente
Mas no fim, não há como escapar.
Fugir e a opção dos fracos
Então fraco, já não mais ei de ser..."
Fernando Aquinea
"Fragmentos
Paginas em branco se alvoroçam com a leve brisa,
um tinteiro aberto sobre as mesmas,
assim como a espada e o escudo aguardando a próxima batalha.
Ah porta que há muito não se abre, ranje solitaria
uma nova realidade adentra as familiares acomodações.
São tempos de ausentes palavras, e presentes emoções...
Nuvens ofuscam as estrelas do céu há varias noites,
ao mesmo tempo em que as protegem para que apenas eles possam vê-las
á seu austero brilho.
Há um céu dentro de todos nós, apenas esperando para iluminar o seu caminho!"
Fernando Aquinea
Primeiramente eu venho aqui pedir desculpas a todos pela falta de postagens, estou viajando pelo interior do Brasil e devo retornar em algumas semanas.
Está sendo uma experiencia realmente muito boa pra mim e voltarei com algumas histórias legais a contar.
Enfim, ainda estou vivo e volto logo.
Bjos e abraços a todos ;]
Fernando Aquinea
"A Batalha dos Imortais
O cavaleiro retorna de sua exaustiva batalha.
Vaga em uma trilha sem rumo.
Já não há mais donzelas a serem salvas,
já não há mais ninguém.
O poente resplandece em sua face ensangüentada,
o semblante do cansaço reflete-se nas margens do rio.
Quantas batalhas já terão sido?
Quantos dias em sua busca por paz?
Quanto tempo mais terá que vagar em sua busca incessante?
Repentinamente, os pensamentos são irrompidos por um breve momento.
Será que finalmente a encontrou?
Apenas mais uma desilusão surge...
O que é mais uma para quem já lutou mais de 100 batalhas?
Apenas mais alguns momentos,
passos em direção do amanhã.
A alma despedaçada guia o corpo, apenas pelo antigo habito.
E novamente o crepúsculo da noite vem o acolher.
O silêncio dos imortais toma forma.
As damas da noite reaparecem em momento único.
Mais uma noite, sozinho a vagar..."
Fernando Aquinea
No céu também há uma hora melancólica.
Hora difícil, em que a dúvida penetra as almas.
Porque fiz o mundo? Deus se pergunta
e se responde: Não sei.
(Carlos Drummond de Andrade)