25 de maio de 2011

Ilusões Coloridas

"Ilusões Coloridas

A lua já não brilha mais...
As flores se findam no campo vazio
O vento passa indiferente
As estrelas já não fazem mais desenhos no céu

E cada vez mais, os dias passam sem deixar saudade.
Mas o tempo não cessa a dor
As feridas são fechadas à força
E somos jogados a seguir na estrada dos vivos

Nossas escolhas refletem-se imediatamente
Não há como fugir do mar
Já e chegado o tempo dos justos
A derrota para o passado encoraja a mudança de sentido

O erro continuo, finalmente corrigido.
Momento de enterrar o ilusionista
Debuto do realista
Realidade cruel, fria e vazia.

Talvez se você estivesse comigo...
NÃO!
Esse e o ultimo delírio do ilusionista
A partir de agora e bom saber a verdade por trás da janela
Aqui jaz a esperança cega
E não mais há de haver falsos sorrisos
Pessoas fingindo alegria

A realidade parece tão ruim...
Talvez por isso a escolha pelo ilusionista
Ele sempre tinha meios para escapar momentaneamente
Mas no fim, não há como escapar.
Fugir e a opção dos fracos

Então fraco, já não mais ei de ser..."

Fernando Aquinea

13 de maio de 2011

Fragmentos

"Fragmentos

Paginas em branco se alvoroçam com a leve brisa,
um tinteiro aberto sobre as mesmas,
assim como a espada e o escudo aguardando a próxima batalha.

Ah porta que há muito não se abre, ranje solitaria
uma nova realidade adentra as familiares acomodações.
São tempos de ausentes palavras, e presentes emoções...

Nuvens ofuscam as estrelas do céu há varias noites,
ao mesmo tempo em que as protegem para que apenas eles possam vê-las
á seu austero brilho.

Há um céu dentro de todos nós, apenas esperando para iluminar o seu caminho!"

Fernando Aquinea

26 de abril de 2009

Viagem

Poucas milhas o separavam do retorno a sociedade, parou e decidiu aproveitar um pouco mais daquela vasta paisagem. Pelas cercanias do espesso horizonte branco podia-se ver apenas a silhueta de uma montanha. A “lança dos deuses” era um dos maiores desafios que já havia enfrentado. No inicio da subida, estava certo de que encontraria algo que preenchesse o vazio de sua alma. Durante quatro meses sobreviveu em condições extremas, viu noites que congelavam sua alma e dias igualmente complicados. A vastidão branca de neve junto com a total solidão foi diversas vezes um aditivo aos seus pensamentos. Experimentou o real perigo e viu cada segundo durar uma eternidade em sua mente. Após a tão aguardada chegada ao cume, ele olhou orgulhosamente por ter alcançado seu feito, parou durante alguns segundos e colocou a mão sob suas vestes, retirou um pequeno crucifixo e fitou. Aguardou mais alguns momentos em pleno silêncio e decidiu que era o momento de retornar. Se o seu vazio estava preenchido?Se ele havia encontrado as respostas que tanto ansiava?Se ele estava pronto a retornar?Acho que só o tempo dirá, porem ele se mostra propenso a dar uma chance a esse maluco indeciso que chamam de destino...

17 de janeiro de 2009

Explicações

Primeiramente eu venho aqui pedir desculpas a todos pela falta de postagens, estou viajando pelo interior do Brasil e devo retornar em algumas semanas.
Está sendo uma experiencia realmente muito boa pra mim e voltarei com algumas histórias legais a contar.
Enfim, ainda estou vivo e volto logo.
Bjos e abraços a todos ;]

Fernando Aquinea

6 de janeiro de 2009

A Batalha dos Imortais

"A Batalha dos Imortais

O cavaleiro retorna de sua exaustiva batalha.
Vaga em uma trilha sem rumo.
Já não há mais donzelas a serem salvas,
já não há mais ninguém.

O poente resplandece em sua face ensangüentada,
o semblante do cansaço reflete-se nas margens do rio.
Quantas batalhas já terão sido?
Quantos dias em sua busca por paz?

Quanto tempo mais terá que vagar em sua busca incessante?
Repentinamente, os pensamentos são irrompidos por um breve momento.
Será que finalmente a encontrou?
Apenas mais uma desilusão surge...

O que é mais uma para quem já lutou mais de 100 batalhas?
Apenas mais alguns momentos,
passos em direção do amanhã.
A alma despedaçada guia o corpo, apenas pelo antigo habito.

E novamente o crepúsculo da noite vem o acolher.
O silêncio dos imortais toma forma.
As damas da noite reaparecem em momento único.
Mais uma noite, sozinho a vagar..."

Fernando Aquinea

No céu também há uma hora melancólica.
Hora difícil, em que a dúvida penetra as almas.
Porque fiz o mundo? Deus se pergunta
e se responde: Não sei.
(Carlos Drummond de Andrade)